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Economia

Trabalhadores rejeitam proposta da CSN para acordo

Quase a totalidade dos 6.085 dos votos foi ‘não’

08/04/2022 18:10:40
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Os trabalhadores da CSN em Volta Redonda, conforme já era esperado, recusaram nesta sexta-feira (8) a proposta da empresa para a renovação do acordo coletivo de trabalho feita pela empresa na última terça-feira (5). Do total de 6.085 votantes (incluindo votos de Porto Real), 6.040 votaram “não”. Apenas 39 votos foram favoráveis ao acordo. Os demais foram nulos (3) e brancos (3). O total contra o acordo representa 99,4% dos votos. O resultado inclui os votos de

Quando foi anunciado o resultado, os operários presentes à Praça Juarez Antunes, onde ocorreu a votação em escrutínio secreto, e também a apuração, comemoraram. A empresa ofereceu 8,1% para quem ganha até R$ 3 mil e 5% para os que recebem acima deste valor. Agora, o Sindicato dos Metalúrgicos deverá comunicar à companhia formalmente o resultado e aguardar uma nova proposta.

A rejeição já era esperada, sendo recomendada tanto pelo Sindicato dos Metalúrgicos quanto pela oposição sindical, que iniciou um movimento paralelo de reivindicação, aproveitando a falta de credibilidade que enfrenta a representação oficial dos metalúrgicos. A proposta foi formulada pela companhia depois que a movimentação oposicionista ao sindicato começou a ganhar corpo dentro da Usina Presidente Vargas.

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Embora o presidente do sindicato, Silvio Campos, esteja tentando minimizar o impacto do movimento paralelo, foi a mobilização que, segundo ele próprio acabou admitindo em entrevistas, levou a CSN a apresentar a proposta agora rejeitada, atropelando os planos da siderúrgica para a negociação. Embora a empresa venha reiterando que só pode negociar com o sindicato, há uma visível preocupação com os rumos que a campanha pode tomar.

Os oposicionistas – liderados por Edimar Miguel Pereira, à frente de uma comissão – estão conseguindo atrair cada dia mais metalúrgicos e deram uma demonstração de força na noite da quinta-feira (7) quando, após se reunirem na Praça Juarez Antunes, centenas de operários caminharam até a sede do sindicato, na Rua Gustavo Lira, no Centro. Eles foram entregar uma pauta de reivindicação que fala em aumento real de 30%, além da reposição do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), cartão-alimentação de R$ 800, fim do banco de horas, com pagamento de horas-extras, e retorno ao plano de saúde anterior. A pauta inclui ainda R$ 10 mil de PPR (Programa de Participação nos Resultados), a ser pago até o dia 30 deste mês. (Foto: Carlos Alberto Caldeira)

Atualizada às 18h37min

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