Cultura
Pinheiral tem projeto aprovado pelo Novo PAC que beneficia o Jongo
08/03/2024 17:42:51Pinheiral foi selecionada no edital do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que beneficiará o Jongo na cidade para a elaboração do Projeto Executivo das Obras de construção do "Parque Temático da história do negro e sua contribuição na formação do Vale do Café". A cidade está entre as seis do estado do Rio de Janeiro, sendo a única da região Sul Fluminense, com projetos aprovados do novo PAC na categoria. O anúncio foi feito na quinta-feira (7) pelo presidente Lula no Palácio do Planalto.
O projeto do parque prevê a construção, nas ruínas da antiga Fazenda São José dos Pinheiros, do Museu do Jongo, Escola de Jongo, centro de visitação, biblioteca afro e restaurante étnico local.
Possui um grupo que é formado por moradores que mantêm viva esta expressão de origem africana deixada pelos negros escravizados da Fazenda São José dos Pinheiros, berço histórico da cidade.
O jongo de Pinheiral passou a se organizar como grupo entre o fim dos anos 1980 e dos anos 1990, com a criação da União Jongueira. Em 1996, com o objetivo de preservar a dança do jongo e aprimorar a biblioteca da cultura afro brasileira na região, foi fundado o Centro de Referências e Estudos Afro do Sul Fluminense (Creasf).
Elementos – Também conhecido como caxambu, batuque, tambor ou tambú, o jongo é uma expressão de origem africana que se manifesta no Brasil principalmente na região Sudeste, e conta com três elementos essenciais: o canto, a dança e a percussão.
Nas rodas de jongo, homens e mulheres dançam e cantam os chamados “pontos”, misturando metáforas e dialetos da língua banto, ao som de tambores, fabricados em sua maioria de maneira artesanal.
Em Pinheiral, a tradição é de dois tambores: o grande e o candongueiro. O contratempo entre os dois é feito com um pedaço de pau chamado de macuco. (Foto: Divulgação)