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Estado

PF faz operação contra tráfico de animais

Ação foi realizada em Cabo Frio

19/09/2024 15:14:34
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Na manhã desta quinta-feira (19), a Polícia Federal deflagrou a Operação Cifra Dourada para desarticular uma rede criminosa especializada no tráfico nacional e internacional de animais silvestres da fauna brasileira, alguns ameaçados de extinção. Os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão em Cabo Frio contra um investigado suspeito de ser um dos caçadores profissionais de micos-leões-dourados responsável por fornecer os animais ao grupo criminoso. Ele foi preso em flagrante. A ordem judicial foi expedida pela 2ª Vara Federal de Niterói. Durante as buscas, os policiais apreenderam armadilhas de caça de micos.

Em fevereiro, a Polícia Federal – por meio da Operação Akpé – repatriou 17 micos-leões-dourados e 12 araras-azuis-de-lear, que foram vítimas de tráfico internacional e estavam no Togo, país situado na África Ocidental. Ambos os animais são endêmicos de áreas específicas do território brasileiro e estão seriamente ameaçados de extinção.

Mais recentemente, em agosto, outros animais foram recuperados pelas autoridades e apreendidas, desta vez pela Polícia Rodoviária Federal, em Porto Velho, capital de Rondônia. Dos 11 animais silvestres apreendidos na ocasião, oito eram micos-leões-dourados.

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A partir de ação integrada entre a Polícia Federal, o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, o ICMBio, o Ibama e a Associação Mico Leão Dourado, foi possível rastrear a origem geográfica de alguns dos animais apreendidos, de forma a confirmar que pelo menos sete micos encontrados – três no Togo e quatro em Porto Velho – têm exatamente a mesma origem geográfica: o Parque Natural Municipal do Mico-Leão Dourado, em Cabo Frio.

A PF ainda irá realizar Perícia Criminal Federal para estimar quais espécimes haviam sido retirados recentemente da natureza, quais estavam em cativeiro por alguns meses e aqueles que já estavam em cativeiro há mais de um ano. Foi coletado material biológico dos animais para aprofundamento dos exames periciais, e serão utilizadas tanto metodologias tradicionais, como análise morfológica e sanitária dos espécimes, quanto inovadoras, como as análises isotópicas e genéticas.

O investigado foi preso em flagrante pelos crimes de caça profissional de animal silvestre, por manter em cativeiro de forma ilegal animais silvestres, por maus-tratos e pelo uso de anilha falsa. Além disso, ele também responderá pelos crimes de receptação qualificada e pelo crime de perigo para a vida ou saúde de outrem.

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O preso foi encaminhado à Delegacia de Meio Ambiente, na Superintendência da PF no Rio de Janeiro, para lavratura do auto de prisão em flagrante. Após, ele será encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça. (Foto: Polícia Federal)

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