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Cultura

Historiador ganha homenagem em Resende

Claudionor Rosa ganha estátua na Praça da Liberdade

03/11/2022 12:28:28
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A Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda, de Resende, vai inaugurar nesta sexta-feira (4) uma estátua em tamanho natural do historiador Claudionor Rosa, um dos nomes mais importantes da cultura da cidade. A inauguração será às 10h, na Praça do Centenário, onde a peça criada pelo artista plástico Samuel Costa será instalada.

Claudionor Rosa morreu em 2019. Ele transitou pela cultura resendense desde sua chegada à cidade, nos anos 1960. Esteve à frente de vários enredos da Escola de Samba de Campos Elíseos; assinou durante anos a coluna 'Coisas Nossas, Nossas Coisas', no extinto jornal “A Lira”; e trabalhou por muitos anos na Casa da Cultura Macedo Miranda, onde desenvolveu vários projetos que são mantidos até hoje em Resende.

Para o diretor do Arquivo Histórico, Angelo Tramezzino, que substituiu Claudionor na direção da instituição, o homenageado deixou um legado de amor à história de Resende. “Um dos grandes méritos dele, foi o de jogar luz em pontos esquecidos de nossa história, revelando passagens e personagens importantes que, até então, não tinham destaque em nossa história oficial. Claudionor enriqueceu nossos acervos e ampliou nossa visão sobre a história da cidade”, disse Tramezzino.

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A escultura em tamanho natural desenvolvida pelo artista Samuel Costa será instalada em um dos bancos da Praça do Centenário, em frente à Biblioteca Jandyr Cesar Sampaio. O presidente da Casa da Cultura, Thiago Zaidan, diz que esta era uma cena cotidiana na vida de Claudionor.

“Antes de se dirigir para o trabalho na Casa da Cultura, ele subia a ladeira da antiga Câmara Municipal e ficava por alguns minutos em um dos bancos da praça, sempre pronto para um bate-papo ou para prestar alguma informação para quem solicitasse. Era realmente um ícone que já está eternizado não memória da cidade e agora vai ganhar um monumento que ressalta ainda mais isso”, afirmou Zaidan.

Feita em concreto, a estátua de Claudionor se juntará a outros dois nomes da história de Resende que já possuem bustos no local: o poeta Luiz Pistarini e o jornalista Alfredo Sodré. 

Durante a cerimônia de inauguração, haverá uma apresentação do Coral Vozes do Sagrado Coração, conduzida pelo regente Fábio Monteiro.

História – Claudionor nasceu em 13 de março de 1941, na cidade de Guainases (SP). Paulista de nascimento, era também mineiro de criação, pois viveu em Corinto (MG) até se mudar para Resende, aos 23 anos.

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Formado em direito, foi um dos fundadores da Associação de Escola de Samba e Blocos Carnavalescos de Resende, do Cordão Carnavalesco Chuveiro de Prata, incentivador das serestas e mobilizador da produção dos tradicionais tapetes de Corpus Christi em torno da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição.

Atuou no rádio, jornal e revista. Comandou um programa na Rádio Resende AM e escreveu para os jornais “A Lira” e “A Voz da Cidade”. Ele também criou o Museu da Imagem e do Som (MIS) de Resende, inicialmente com uma coleção de vinis, e depois reuniu equipamentos e diversos objetos antigos. Na década de 1990 transferiu esse acervo a Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda.

Nos últimos anos de vida, atuou à frente da Coordenação do Arquivo Histórico Municipal de Resende e, além da salvaguarda dos documentos, desenvolveu ações de educação patrimonial, como o projeto Cultura ao Alcance de Todos e a exposição “Finados Cultural”.

Entre as muitas temáticas que Claudionor encampava, em algumas ele demonstrava maior cuidado ou apreço, como a Ponte Velha, o Cine Vitória, o hino a Resende, Luiz Pistarini, o 13 de julho e a memória dos negros escravizados Agostinho, Amâncio e Estavão, que foram chacinados no dia 30 de abril de 1884.

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Claudionor morreu em 29 de março de 2019, aos 78 anos, deixando três filhos (Luciana, Luciano e Rodrigo) e um grande legado para as gerações futuras: a valorização da história e da cultura de Resende. (Foto: Arquivo / Divulgação)

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