A CSN marcou para esta sexta-feira (22) uma nova reunião com o Sindicato dos Metalúrgicos para discutir o acordo coletivo de trabalho 2022/2023. Até o momento desta publicação, o local e o horário não haviam sido definidos. A expectativa é de que uma nova oferta seja apresentada.

A data-base dos empregados da siderúrgica de Volta Redonda é 1º de maio. Até agora, duas propostas apresentadas pela companhia foram recusadas. A primeira, de 8,1% de reajuste para quem ganha até R$ 3 mil e 5% para os que recebem acima deste valor. Em escrutínio secreto, quase a unanimidade dos cerca de seis mil trabalhadores que votaram na Praça Juarez Antunes, na Vila Santa Cecília, rechaçaram a oferta.

A oferta foi feita depois do surgimento de um movimento paralelo dentro da Usina Presidente Vargas, liderado pela oposição sindical, que contesta a credibilidade do Sindicato dos Metalúrgicos para liderar a campanha salarial. O movimento resultou em demissões na fábrica, depois que a empresa disse não reconhecer o movimento por estar obrigada, por lei, a negociar apenas com a representação oficial de seus empregados.

Na terça-feira (19), o próprio sindicato rejeitou na mesa de negociação, em São Paulo, a oferta de 9% de aumento para quem ganha até R$ 3 mil, 8% para os que ganha até R$ 5 mil e 7% para salários acima deste valor. Foram oferecidos ainda R$ 400 no cartão-alimentação e duas cargas extras no mesmo cartão, no valor total de R$ 800 (em duas parcelas iguais ainda em abril e dezembro), além de abono de 1,9 salário e R$ 700 no cartão banco de horas.

A proposta sindical à empresa, apresentada no último dia 11, tem como pontos principais a reposição integral do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado de 1º de maio de 2020 a 30 de abril de 2022 e que a empresa pague um abono correspondente a 1,62 salário, relativos aos dois anos em que os empregados ficaram sem reajustes.